Fibromialgia é uma condição médica que tem intrigado médicos, pacientes e cientistas por muitos anos. Caracterizada por dores intensas e generalizadas, fadiga crônica, problemas de sono e alterações emocionais, afeta milhões de pessoas, principalmente mulheres. Tradicionalmente, o tratamento consistia em analgésicos, antidepressivos e fisioterapia. No entanto, uma nova abordagem vem se destacando na área médica, que busca ir além do controle dos sintomas: a combinação de ozonioterapia com suplementação específica.
A Dra. Daniela Carmozina é uma defensora dessa abordagem terapêutica. Em suas publicações e programas de formação, ela promove um modelo de tratamento centrado na biologia individual, investigando o equilíbrio celular e a oxigenação dos tecidos para melhorar a qualidade de vida de quem tem fibromialgia.
Por que a dor ocorre?
A fibromialgia não se manifesta como inflamação visível em exames de imagem, nem apresenta alterações significativas em exames de sangue convencionais. No entanto, o corpo dá sinais sutis de que algo está em desequilíbrio, como estresse oxidativo elevado, disfunções mitocondriais, deficiência de minerais e vitaminas, e distúrbios nos neurotransmissores.
Entender esses mecanismos levou ao desenvolvimento de estratégias que não se concentram apenas em “mascarar a dor”, mas sim em abordar a origem do problema. É aqui que a ozonioterapia e a suplementação se mostram como ferramentas eficazes.
Benefícios do ozônio
O ozônio medicinal, uma mistura de oxigênio com uma pequena quantidade de ozônio (O₃), pode ser administrado de várias maneiras no corpo humano. Quando utilizado corretamente, estimula o metabolismo celular, regula o sistema imunológico, melhora a circulação sanguínea e reduz substâncias inflamatórias.
No caso da fibromialgia, os efeitos são impressionantes:
1. Melhora da oxigenação dos tecidos: células, especialmente as musculares, funcionam melhor com oxigenação eficiente;
2. Redução do estresse oxidativo: o ozônio ativa enzimas antioxidantes naturais do corpo;
3. Alívio da dor crônica: a modulação da dor ocorre por mecanismos no sistema nervoso central e periférico;
4. Equilíbrio imunológico: muitos pacientes com fibromialgia apresentam respostas imunológicas exacerbadas, que podem ser reguladas com ozônio.
As formas mais comuns de administração incluem insuflação retal, aplicação subcutânea e intramuscular, proporcionando benefícios significativos sem a complexidade de procedimentos mais invasivos, tornando o tratamento acessível e seguro.
Abordando deficiências nutricionais
A dor e a fadiga persistentes muitas vezes estão relacionadas a deficiências nutricionais que não são detectadas em exames de rotina. A Dra. Daniela recomenda uma análise detalhada da bioquímica do paciente, seguida de uma reposição personalizada de nutrientes essenciais.
Alguns dos nutrientes mais mencionados em seus protocolos incluem:
– Magnésio: importante para a função muscular, neurológica e produção de energia. Sua falta pode aumentar a sensação de rigidez e dor constante;
– Vitamina D: crucial para a saúde muscular, imunidade e humor. Pacientes com fibromialgia frequentemente apresentam baixos níveis;
– Coenzima Q10: relacionada à respiração celular e produção de ATP, cuja deficiência está ligada à fadiga intensa;
– Ferro e ferritina: mesmo que a hemoglobina esteja normal, baixos níveis de ferritina podem causar cansaço extremo e sensibilidade à dor;
– Complexo B (B1, B6 e B12): essenciais para o bom funcionamento do sistema nervoso, são importantes para memória, disposição e resistência ao estresse;
– Triptofano: precursor da serotonina, melhora o humor e o sono, ambos prejudicados na fibromialgia.
Esses nutrientes devem ser suplementados de forma personalizada. A dosagem, a forma química, o horário de administração e a combinação entre eles são cruciais para os resultados clínicos.
Uma abordagem centrada no paciente
A proposta da Dra. Daniela vai além das técnicas. Trata-se de uma filosofia de atendimento. O paciente com fibromialgia é mais do que um conjunto de sintomas; é alguém que sofre e precisa ser compreendido em sua totalidade. Suas dores podem não ser explicadas por exames, mas são reais. Seus sintomas variam diariamente. Seu sono é leve, seu sistema digestivo é irregular, suas emoções estão à flor da pele. Ignorar isso é prolongar o sofrimento.
A medicina regenerativa e funcional, à qual a Dra. Daniela se dedica, busca ouvir o corpo. Em vez de silenciar os sinais com tratamentos paliativos, essa abordagem promove o reequilíbrio do organismo. O ozônio, os nutrientes, as mudanças no estilo de vida e a escuta atenta são partes de um mesmo pacote: cuidar verdadeiramente.
Resultados na prática
Muitos pacientes relatam melhorias significativas nos sintomas após poucas sessões de ozonioterapia combinadas com a suplementação correta. A dor diminui, o sono melhora, a energia retorna. Claro, cada pessoa reage de forma única, mas a diferença está no olhar clínico apurado e no acompanhamento contínuo.
Os relatos não são apenas números. São vidas que voltam a caminhar, trabalhar, rir e sonhar. E isso não pode ser medido apenas por exames, mas pela sensibilidade e escuta.
Considerações finais
A fibromialgia requer uma abordagem profunda que una ciência, empatia e personalização. A experiência da Dra. Daniela Carmozina demonstra que é possível olhar além do diagnóstico e oferecer caminhos reais para alívio e recuperação. O uso do ozônio e a reposição de nutrientes são partes essenciais desse processo. Mais do que uma alternativa, representam esperança para quem vive sob a sombra da dor.
Se você ou alguém próximo enfrenta esse desafio, vale a pena explorar essas propostas com a mente aberta e o coração disposto a reencontrar o bem-estar.